Ainda sobre o eucalipto, vou fazer uma quase correção, ou um complemento referente à escolha da espécie. Disse que a recomendada para nossa região é o grandis, mas esta escolha merece mais atenção e estudo, pois depende da finalidade. Se for para produção de carvão, então de fato a espécie indicada é o grandis, porém quando se visa a produção de lascas e palanques (que são utilizados principalmente na construção de cercas) a espécie indicada é o citroeodora – comumente chamado de cheiroso, pois esta espécie é a menos porosa, ou mais “maciça”, e esta característica agrega valor - as empresas compradoras preferem (algumas exigem) esta espécie. Este texto pode servir de alerta aos produtores, porque os viveiristas propagam que o grandis é o melhor, mas na verdade o é para eles, pela facilidade de formação das mudas. O citroeodora exige maiores cuidados dos viveiristas, é uma muda difícil de se produzir com qualidade (existe um simples procedimento que resolve este problema de formação de boas mudas). Agora traduzindo a atividade em números: enquanto as espécies mais porosas estão cotadas a 60 reais por tonelada, o cheiroso alcança 100 reais (estou falando de boas árvores de 6 - 7 anos de idade para produção de lascas e palanques). E em relação à rendimentos, uma expectativa simplificada: lucro líquido de 25 mil reais por alqueire a cada 6 - 7 anos com o cheiroso. É fazer as contas e decidir.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
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